Georges Melies

Cinema e Quadrinhos: como suas origens se entrelaçam?

Hoje em dia, cinema e quadrinhos são muito próximos na cultura popular. Cada vez mais heróis de hq são representados na telona, em séries de filmes que costumam conquistar boas bilheterias e animar um público fiel. Mas você já parou para pensar que essas duas formas de linguagem têm muito mais em comum? Além de terem surgido na mesma época, ambas dependem de imagens para suas narrativas. Contudo, suas relações vão muito além e se entrelaçam desde suas origens.

Lanterna Mágica: germe das artes sequenciais

Em primeiro lugar, tanto o cinema quanto os quadrinhos nasceram no final do século XIX. E um de seus antecedentes é a lanterna mágica, cuja invenção data do século XVII. Trata-se de um aparelho que projetava imagens estáticas e cambiáveis numa superfície plana. Então, um narrador contava as histórias ali ilustradas, conforme as imagens iam mudando.

Assim, essa era uma primeira forma de utilizar elementos básicos da narrativa audiovisual e, ao mesmo tempo, da narrativa pictórica. Isso quer dizer que, ainda no século XVII, a lanterna mágica já tinha nuances do que seriam mais tarde as linguagens do cinema e dos quadrinhos.

 

Lanterna Mágica.

Portanto, a lanterna mágica é uma espécie de germe das artes sequenciais, ou seja, da transmissão de uma mensagem por meio de imagens apresentadas em sucessão, num encadeamento que gera significações, como o cinema e os quadrinhos.

Cinematógrafo: a primeira adaptação dos quadrinhos para o cinema

No final do século XIX, a lanterna mágica ganhou uma releitura técnica e sem a figura do narrador: o cinematógrafo, desenvolvido pelos irmãos Lumière. Esse invento também utilizava o princípio de imagens estáticas cambiáveis, criando a ilusão de movimento.

Desse modo, as primeiras sequências feitas utilizando o cinematógrafo eram cenas do cotidiano, como uma saída de operários da fábrica ou um trem chegando à estação. No entanto, logo foi percebido que a invenção possuía grande potencial para a ficção. A partir disso, houve um esforço dos irmãos Lumière de reproduzir uma hq pelas lentes do cinematógrafo.

 

Hq “L’arroseur” (1887), de Hermann Vogel .

Portanto, esse foi o primeiro caso de adaptação dos quadrinhos para o cinema da história e também um dos grandes sucessos da dupla: L’arroseur arrosé (1895).

https://www.youtube.com/watch?v=AA5onlY2AZY

Por fim, para além dos cinematógrafos, desde essa primeira adaptação, cinema e quadrinhos convergiram ainda mais como artes irmãs, o que mostra a afinidade existente entre elas, seja em seus antecedentes e origens, seja em suas evoluções. Isso porque histórias contadas através de imagens têm um poder muito maior de cativar e sensibilizar o público.

 

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